Após duas reconstituições da queda da menina Luíza Igarçaba Marques, três anos, ocorrida na noite da última sexta-feira, a Polícia Civil acredita que houve negligência dos responsáveis no caso. Mesmo após classificar como uma fatalidade, há pontos que convergem para a falta de vigilância ou de intervenção, já que a criança ficou 24 segundos sem acompanhamento de um adulto.
Nesse tempo, ela chegou a ir até a escada rolante, voltar, e acabar utilizando o equipamento. A manga da jaqueta utilizada ficou presa no corrimão de borracha, o que fez com que Luíza fosse puxada, caindo de uma altura de cinco metros. Segundo o delegado Pablo Rocha, que fez o primeiro atendimento, as responsabilizações devem ser compartilhadas.
- Um caso como esse é a soma de vários pontos. Acredito que os pais e os guardas que estavam trabalhando no momento do acidente devem ser indiciados - afirma.
Segundo o delegado, a Polícia ainda aguarda imagens não fornecidas pelo Canoas Shopping para tentar entender o que houve em um intervalo de três segundos antes da queda. O material utilizado no momento traz um corte de três segundos, justamente no momento do acidente, devido a uma marquise. Luiza recebeu rápido atendimento, chegou a ser encaminhada para o Hospital de Pronto Socorro da capital, mas morreu na madrugada de sábado.